O Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar (SCEAM) (https://SECAM.org) tem o prazer de anunciar a sua 20ª Assembleia Plenária, agendada para 30 de julho a 4 de agosto de 2025 em Kigali, Ruanda, sob o tema: "Cristo, Fonte de Esperança, Reconciliação e Paz". Esta Assembleia, que coincide com o Ano Jubilar, oferece um momento de profunda graça eclesial para avaliar a vida e a missão da Igreja em África e estabelecer um roteiro visionário para os próximos 25 anos (2025-2050).

Um marco eclesial continental

A Assembleia Plenária do SCEAM é o encontro mais importante da Igreja Católica em África e nas suas ilhas. Realizada de três em três anos, reúne um número significativo de Cardeais, Arcebispos, Bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas e fiéis leigos de todo o continente e não só. Espera-se que esta 20ª edição acolha aproximadamente 250 participantes de todos os 54 países africanos e das suas ilhas, juntamente com dignitários convidados e parceiros da Igreja de outros continentes, tornando-a um evento eclesial verdadeiramente continental e global. Será um momento privilegiado de reflexão, comunhão e tomada de decisões para a vida e a missão da Igreja em África.

A Assembleia será presidida por Sua Eminência o Cardeal Fridolin Ambongo Besungu, Arcebispo de Kinshasa e Presidente do SCEAM. Com base no mandato da 19ª Assembleia Plenária em Acra (julho de 2022), a Assembleia de Kigali avaliará o progresso no fortalecimento da sinodalidade, autonomia institucional, fundamentos teológicos e colaboração regional em toda a Igreja em África.

Promoção de uma visão partilhada

Desde 2022, o SCEAM tem trabalhado através do seu Comité Permanente e Secretariado para promover uma maior comunhão e missão através de:

• Promover a sinodalidade e a participação a todos os níveis;
• Reforço da autossuficiência institucional e financeira;
• Melhoria da reflexão teológica e do cuidado pastoral;
• Promoção de parcerias intercontinentais e ecuménicas;
• Fazer ouvir a voz de África em questões globais como as alterações climáticas, a justiça e a paz.

Abordar as realidades pastorais e culturais

Uma das principais questões em análise será o acompanhamento pastoral dos católicos em uniões poligâmicas, uma realidade cultural complexa nas sociedades africanas e não só. O SCEAM envolveu teólogos de todo o continente para explorar este tópico teológica e pastoralmente.

A Assembleia contará também com apresentações importantes, incluindo:

• Uma reflexão teológica sobre o tema: "Cristo, Fonte de Esperança, Reconciliação e Paz"
• Um projeto de documento intitulado: "A visão da Igreja-Família de Deus em África e nas suas ilhas: 2025-2050"
• Um documento pastoral sobre "Acompanhamento de pessoas em situações de poligamia"

Estes documentos serão completados por debates em plenário, grupos de trabalho, celebrações litúrgicas, relatórios dos departamentos e uma mensagem conclusiva para a Igreja e a sociedade.

Os doze pilares do futuro da Igreja

No início deste ano, em preparação para a Assembleia, o SCEAM realizou um seminário de alto nível em Accra (abril de 2025) para desenvolver uma visão a longo prazo para a Igreja africana. As discussões centraram-se em torno de doze pilares fundamentais:

1. Evangelização (educação católica e formação teológica)
2. Uma Igreja autossuficiente;
3. Modelos de liderança baseados na família;
4. Discipulado missionário e sinodalidade;
5. Cuidado com a criação;
6. Envolvimento dos jovens e renovação eclesial;
7. Justiça, paz e desenvolvimento humano integral;
8. Ecumenismo e diálogo inter-religioso;
9. Evangelização digital;
10. Saúde e bem-estar do povo de Deus;
11. Vida litúrgica em contextos africanos;
12. Igreja e empenhamento político.

Este documento de visão estratégica será apresentado para discussão e possível adoção pelos bispos na Assembleia de Kigali.

Envolver os desafios sócio-políticos de África

De acordo com a sua missão profética, o SCEAM também avaliará a atual dinâmica política e social nas regiões de África, com enfoque em:

• Governação e liderança pública;
• Direitos humanos e justiça social;
• Pobreza e dívida;
• Clima e gestão ambiental;
• Diálogo, construção da paz e relações inter-religiosas;
• Salvaguarda e proteção da juventude.